Somos botões de luzes.
Somos flores que nasceram
num mesmo arrebol,
almas-gêmeas,
a caminhar tão longo percurso
em busca de se encontrar.
Nosso tempo não é o tempo do mundo,
nossa hora não é a hora desse mundo.
Vivemos num espaço do tempo
que chamam eternidade.
Somos parte um do outro, somos um.
Somos a pedra e a gema,
o fosco e o lapidado
de um mesmo momento de criação.
Se nos compreendermos assim,
cada um com seu claro e seu escuro,
cada um com seu brilho de sol
e sua sombra de paz,
cada um com seu áspero e sua leveza,
não há razão para conflitos,
pois duas metades iguais se completam.
O amor é a nossa razão de vida,
de ser e existir.
Somos flores, cravos
e amapoulas do amor.
E é o amor a nossa essência,
é o que nos dá beleza,
é o espírito de Ser das Flores.