Quisera ser essa mulher de encantos,
a alma caiada de brandura
e doçura no brilho dos olhos
que sempre te esperaram.
Quisera ser meiga e suave como uma tímida flor
- uma linda e terna rosa do amor -
ter a força do amor e amenidade do vento
quando sopra brisa em teu corpo, numa carícia de enlevo.
Peço me lapide o espírito em poeiras de ouro,
me faça alquimista de sonhos
e quisera me cercassem sempre
estrelas reluzentes e iluminadas de auroras.
Desejo a meiguice aternurada eterna e loquaz
e que minha voz soe amenidades em qualquer lugar.
Mesmo, às vezes me excedendo em mandatos,
desejo essa força de todo amor
e que se espalhe assim, pela terra,
cultivando canduras e sementes de eternidade.
Queria ter esse encanto de presença constante e voluntária
e que nunca me falte a força e a majestade
da montanha banhada e abraçada pelo sol.
Almejo viver assim, ter júbilo
e ser esplendorosa como o amanhecer.
E, quisera, donaire, surgir
entre a névoa e o sol
em teu espírito,
com a graça e suavidade
de um sopro de luz,
um lumiar de brisa
e fazer de ti
um amaino suave e meigo
de felicidade, alegria, paixão e amor.