Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos Fotos Livro de Visitas Contato
Textos
Momentos De Reflexão
Neste tempo todo, sempre quis dizer mais alguma coisa. E por isso estou novamente aqui a falar o que sinto, o que penso.

Hoje, pensando no ontem e no ontem do ontem, sinto que tive uma recaída. Tinha tomado o propósito de calar-me e não consegui. Acho que nunca vou conseguir.

Durante a noite, sozinha, fiquei pensando em minha vida. Pensei em tudo o que se passou. Tentei encontrar uma resposta, uma explicação. E nada achei que pudesse de alguma forma justificar minha história.

E chorei sozinha. Triste e só.

Senti-me triste, porque mais uma vez deixei-me levar pelos sentimentos e destilá-los em versos.

Essa recaída me trouxe todo um passado de volta.

E fiquei pensando naquela imagem que tenho na alma, de uma montanha envolta nos braços da névoa. Perfeita imagem. Perfeita demais. Igual a mim.

O que aconteceu, é que tentei descobrir o que tinha dentro e ao redor da montanha.

E ela fugiu. A montanha fugiu. Como sempre. Sempre que chegava perto demais, ela fugia "pelos labradores da vida".

Hoje olhando a cordilheira, a vila, fico pensando nas vidas que estão ao redor.

E pensei, hoje pensei... em mim, em uma vida em especial. Que no início, não sei, era uma incógnita que me fascinava, mas que com o tempo foi se tornando essencial, especial.

E é certo, que passe o tempo que passar, e aconteça o que acontecer isso não vai mudar. As pessoas especiais sempre serão especiais em nossa vida. Passe o tempo que passar.

Mas o tempo passa. E muitas coisas em nossa vida viram tempo de espera...

E... Fico pensando... Fico esperando, esperando... o nada. E não consigo aceitar e entender que o mundo, o novo mundo, a poesia da vida, do amor, acabou de um jeito assim, tão tolo, tão bobo.

E mesmo aqueles que podiam se dar as mãos, que podiam estar dando um ao outro e ao mundo tanta coisa linda e maravilhosa, passaram os dias em que conviveram afastando-se, um empurrando o outro para longe.

Se olhar, a história da vida é assim. Quando um chega perto o outro fuge correndo. E por isso tantos encontros com desencontros.

E por fim, hoje, pensando sobre tudo o que fica no tempo lá de ontem... algo deve ter morrido em algum lugar.

Deve ter morrido algo no interior montanhoso do sol, senão tudo seria diferente. Se não morreu, nunca existiu...

E por isso choro... Por não saber o que fazer para vencer e sair dessa tristeza que me assola em momentos reflexivos como esse...
Maria
Enviado por Maria em 09/12/2007
Alterado em 04/09/2009
Comentários