Olhando as folhas secas pelo chão do campo,
o olhar percebe que os sentidos que a alma libera
expressam o amor e, desse, seus frutos,
se explicitam em ações.
É quando se descobre que o cérebro entende
a mensagem do coração e o mundo e suas coisas
ganham um outro significado.
Uma pétala arolando seu canto nas asas do vento,
um galho morto na beira da estrada,
tudo está imbuído de um simbolismo tão profundo
que não se consegue mais viver sem um olhar perto,
um olhar denso para o infinito da criação
que, sim, transcende a mediocridade
em que vive boa parte do mundo.
É nesse olhar denso que o coração
vê o pássaro no galho,
a paz no marulhar da folha ao vento,
o anjo que aguarda, mãos estendidas para a caminhada,
na beira do caminho que nossos pés trilham no tempo da vida.