Também me busquei em lugares inóspitos,
em sendas e penhascos
ou desbravando mares bravios e tempestuosos.
Quantas vezes também chorei, perdida,
em becos escuros, em ruelas mortíferas e ruas sem saída.
Tudo em busca de me encontrar.
Nesta empreitada quantos se embrenharam
nas mesmas estradas e me gritavam
ser este o caminho inverso, enquanto eu avançava?
No meu encontro comigo mesma
fazia uma cruzada de primeira página
por caminhos de princesas e rainhas.
Foi quando bati de frente
com o homem embrulhado em seu próprio caos.
O choque da descoberta de mim mesma
repercute até os dias de hoje
e continuará ressonando na eternidade.
O eco de minha voz muda em frente ao espelho
impactou na alma e no coração.
Senti meu cheiro,
reconheci meu Eu.
Nascia em nós, uma nova nebulosa,
uma Andrômeda cósmica e bela,
cuja melodia do nascimento
ressoa ainda em nosso coração,
em nossas mãos de poema.