Verve pura e profunda
Creio que o inconsciente do poeta, em sua verve pura e profunda, lança ao mundo perguntas e respostas que fareja dentro e ao redor de si.
É como um amplificador que ressoa para todos a música que toca num único instrumento, numa orquestra ou numa banda que, na maioria das vezes (no caso das rádios), não vemos, mas podemos ouvir e, inclusive, repercutir a melodia, a onda de paz, interrogação, reflexão, tristeza, amor, paixão, encantamento que nos toma o ser.
Penso que o mundo está precisando de penhascos e abismos para levantar voo depois de períodos de esconderijo interior, de estagnação, medos, angústias de todas as formas.
Também sei que, após conquistarmos a liberdade, descobrimos que não há volta e que o único caminho é seguir em frente em busca de maior liberdade. É um processo que, a meu ver, nunca finda.
E a razão de ser do poeta é proporcionar a reflexão e contribuir para o processo de tomada de decisão.
Seja isso em relação a um tema em específico, seja em relação aos seus próprios sentimentos, vivências, amores, descobertas, conhecimentos que, ao se materializarem no poema, no texto, espelham no outro e permitem que se reconheça - ou não - promovendo a reflexão.
À Karoliny Mesquita
Maria
Enviado por Maria em 08/02/2023
Alterado em 08/02/2023