Campos Secos
Ouço um silêncio
nos campos secos de dentro,
um estalar de nadas
que se faz imensidão
no entardecer de palavras.
A boca abarca este sozinho
e faz ninhos de (in)quietudes
nos galhos quebradiços
desta íris azulada de sóis.
Um sopro de vento
perambula a voz que cala,
acarinha a mão que toca angústias
na escuridão...
faz um prelúdio
do que seja um silenciar
agonizante de (in)certezas...
E o poema destila sentimentos,
enquanto o infinito adormece
a voz do coração...
Maria
Enviado por Maria em 08/02/2023