Queria saber conjugar
a flor e a luz.
Criar um verbo
que se fizesse poema
por si só
e andasse pela terra
juntando os dois lados
de um mesmo coração,
a meia face do Sol
com a meia face da Lua.
Bendita seja essa vida de ternuras
que não pode ser medida,
esse amor que renasce a alma
e faz de duas estrelas, uma.
E que ela veja e sinta
o pássaro de luz
a plainar em seus olhos,
sobrevoar o seu corpo
- igual a uma flor -
num voo pleno de amor
criando um céu
num jardim luminoso de vida.