Não acho mais a profundidade rara em meu ser.
O desconhecido que me impulsionava...
que me pegava pela mão e me levava ao caderno
para desenhar minha alma nas folhas em branco.
Onde a verve pura e forte que me fugia por entre os dedos
e se fazia poema nas linhas da vida?
Onde a poeta que me nascia em cada verso,
em cada carta que seguia para você carregada de amor
e com um coração aninhado nas entrelinhas?
Me pergunto onde estou que não me encontro
para escrever o que tanto anseio.
Será que a poeta era eu?
Ou outra dentro de mim?
Onde estou agora?
Onde anda Maria, a poetisa de raridades
que o poeta me falava em um lumiar de brisa?
Por onde vaga a magia do poeta,
que alcança emoções
com seu desenhado de poesia?
Onde estará Maria?,
pergunta o poeta da antiguidade
num poema ancestral
que se renova no cortinado do tempo.
Onde?