Maria
Prosa e Poesia
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Tua voz calada me fala,

que lá onde estás cantarolam pássaros,

e arbustos de arco-íris florescem luzes,

enquanto a paz tremula nas mãos

que se estendem ao amor e à paixão.

 

Lá, no santuário do coração,

onde pedras brilham ao amanhecer

apontando o caminho

para nossa morada de eternidade. 

 

É onde a vida dança com o coração aberto ao sonho

e as mãos de piano teclam letras vivas

no tear do mundo para o viver do nosso amor...

 

E mesmo que o espírito se confunda -

às vezes - entre o claro e o escuro da vida,

o coração bate forte e dedilha canções

que enternecem a humanidade de teu coração,

melodias de paz e amor que seguem o curso do tempo

de uma ponta a outra desse arder pela vida. 

 

Eu entendo o toque de amor,

a escolha silente que respira profundo para o continuar...

Eu compreendo o todo do teu silenciar...

A necessidade do dirimir da dúvida,

a descoberta da luz, o decifrar dos mistérios

o encontro com o sagrado do nosso Santuário do Coração.

 

É quando o vento sussurra o parar do tempo,

a conquista da eternidade do momento:

tudo quieto... silêncio...

e a voz murmura o lamento de um amor

que ecoa na melodia que destila na tarde

clamando um falar, um estar junto...

o abraço de amor, a chama acesa do amar...

 

Em meio ao teu silêncio, que a paz te encontre,

que a paz e o amor sejam companhia constante

quando minha alma partir e não puder mais estar presente,

meu espírito em ti estará, jamais se fará ausente!

 

Vivamos o presente! Por isso...

que o amor possa te encontrar agora,

acarinhar tua alma com o despetalar das videiras ao vento,

a premonição do voo antes do rufar das asas...

aquele sol que ilumina por entre as folhas...

que te deixe... que o amor possa te encontrar,

o meu amor possa te encontrar, onde estás Agora...

 

Maria
Enviado por Maria em 26/02/2023
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