Tua voz calada me fala,
que lá onde estás cantarolam pássaros,
e arbustos de arco-íris florescem luzes,
enquanto a paz tremula nas mãos
que se estendem ao amor e à paixão.
Lá, no santuário do coração,
onde pedras brilham ao amanhecer
apontando o caminho
para nossa morada de eternidade.
É onde a vida dança com o coração aberto ao sonho
e as mãos de piano teclam letras vivas
no tear do mundo para o viver do nosso amor...
E mesmo que o espírito se confunda -
às vezes - entre o claro e o escuro da vida,
o coração bate forte e dedilha canções
que enternecem a humanidade de teu coração,
melodias de paz e amor que seguem o curso do tempo
de uma ponta a outra desse arder pela vida.
Eu entendo o toque de amor,
a escolha silente que respira profundo para o continuar...
Eu compreendo o todo do teu silenciar...
A necessidade do dirimir da dúvida,
a descoberta da luz, o decifrar dos mistérios
o encontro com o sagrado do nosso Santuário do Coração.
É quando o vento sussurra o parar do tempo,
a conquista da eternidade do momento:
tudo quieto... silêncio...
e a voz murmura o lamento de um amor
que ecoa na melodia que destila na tarde
clamando um falar, um estar junto...
o abraço de amor, a chama acesa do amar...
Em meio ao teu silêncio, que a paz te encontre,
que a paz e o amor sejam companhia constante
quando minha alma partir e não puder mais estar presente,
meu espírito em ti estará, jamais se fará ausente!
Vivamos o presente! Por isso...
que o amor possa te encontrar agora,
acarinhar tua alma com o despetalar das videiras ao vento,
a premonição do voo antes do rufar das asas...
aquele sol que ilumina por entre as folhas...
que te deixe... que o amor possa te encontrar,
o meu amor possa te encontrar, onde estás Agora...