Eu queria saber tocar
para falar por meio da música
dos sentires da alma,
para escrever
poemas com notas
que, aos poucos,
intensificam o sentir,
o falar, o cantar
e possam alardear
memórias do tempo
e acender campânulas
de cores e luzes
nesse espaço
entre o meu e o teu olhar.
O som é como a areia agreste
que escorre pelas pedras
e tece melodias
ao sabor dos ventos
que alisam o corpo da terra.
É quando os desertos
se tornam oásis
para acolher os corações
sedentos de amor e paixão.
Eu queria saber tocar...
o violino do amar...