Maria
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Falando com a própria alma
Sim, de fato a vida pulula em nossa existência. No entanto, na solidão, no embaraço de um sonho que não conseguimos entender, o medo surge e faz morada no coração...  

O carregar sozinha, em silêncio, as angústias dos significados e motivos...

Não tenho palavras pra expressar o que senti naqueles tempos de solidão do meu sonho.

Foram tempos de silêncio, de guardar para mim mesma o que sentia, vivia...

E quanto tempo andei assim até descobrir que o absoluto não morre? Quanto tempo mergulhei em meu próprio silêncio, alquebrada pelo medo, pela dor de me perder de minha própria alma, de partir sem ter encontrado o que tanto busco, o que tanto anseio????

A alquimia do medo paralisa, a angústia expande a dor e a tristeza para a face nebulada de um sonho que (hoje mais do que antes), jaz (in)acabado, incompreendido, não desvelado.

Quantas guerras interiores eu vivi neste tempo de levar sozinha o que me angustiava?

Quantas lágrimas deslizaram quentes marcando a face enquanto a alma mergulhava em meus pra dentro e de lá não queria mais sair?

Escondia-me na escuridão que eu mesma me fazia, medrosa, tímida para dela sair, o olhar triste de angústia perpétua e profunda, uma sensação de nada, tão nítida e palpável... uma sensação de nada, de lugar nenhum... mais palpável do que o desenho que tinha nas mãos.

E como criar coragem pra compartilhar com alguém o que você não consegue compreender? Como abrir um sonho, sem falar do seu todo, sem mostrar sentimentos, sem contar do medo, sem falar da angústia pelos seus possíveis significados e motivos?

Como não contar das próprias interpretações, que... até hoje são as únicas que tenho? De que jeito guardar na gaveta algo que transborda sinais (seria uma profecia para a vida depois da morte?) pra tua vida?...

É a minha vida!!!!! O meu viver, o meu coração, os meus sentimentos...

Eu sei, talvez eu dê muito valor a mim mesma, aos meus próprios sentires, veja para além do que a realidade diz... mas que fazer se é assim que navego por séculos e séculos de vida?

Eu nunca aprendi viver à deriva do não sentir. Pra mim tudo tem uma importância tremenda, uma profundidade, uma altura imensuráveis... É por isso também que minhas buscas são tão ardentes, minhas procuras tão absurdas...

Não sei... Falo aqui porque não tenho onde...

Mas, por que falo? por que não me calo?... mas eu preciso falar... porque me calei pro mundo preciso falar pra mim mesma... porque vago pensativa, calada no dia, preciso gritar em algum lugar... Então falo pra mim mesma... porque fora de mim não há quem ouça, não há quem entenda, não há quem possa compreender o que se passa em meu interior...

Seus olhos estão tristes, me dizem... Um sorriso beira esse olhar e ninguém mais quer saber o que de fato se passa... ninguém mais liga...

e não há como falar... não há... porque o que sinto, o que vivo, o que se passa em meus pra dentro é tão profundo como a morte, tão forte como a vida... tão, tão impressionante, impactante em MIM, EM MIM... EM MIM... EM MIM... EM MIM... EM MIMMMMMMMMM..... que não há como alguém que vive fora compreender...

e nisso eu sei, eu sei... estou sozinha... eu e eu com minhas lutas interiores, com meu sonho agora bem guardado, com minha vida... com os sussurros de minhas orações que choram, imploram, clamam por tempos de paz interior, de quietude da alma, mansidão do espírito e amor...

minhas orações que choram, imploram, clamam por tempos de paz interior, de quietude da alma, mansidão do espírito e amor...

minhas orações que choram, imploram, clamam por tempos de paz interior, de quietude da alma, mansidão do espírito e amor...  

minhas orações que choram, imploram, clamam por tempos de paz interior, de quietude da alma, mansidão do espírito e amor...

Dialogando com a própria alma num cantinho escondido do mundo em 2017
Maria
Enviado por Maria em 28/02/2023
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