Talvez seu canto seja o (des)espelhado
da mão que cinzelou na carne
trigais eivados de luz...
Não sei de seus desespantos,
não conheço sua visão do mundo...
Nem posso dizer que vi
seus apetrechos de artista
ou que percebi seu olhar camponês
por sobre o beiral inclinado de telhas...
No entanto, ainda ouço
o som de sua tristeza
cravando-se no peito
em meio aos campos terrosos
e chamuscados de sua dor...