Olho-te quieta e demoradamente...
quase sem me mexer...
Leio tuas linhas desenhadas
na partitura de nosso livro da vida
tua luz, eterna e pura, plantada em mim.
Silenciosa, exuberante e bela,
se acolhe entre um sopro e outro de meu respirar...
nos laivos da face que se volta a ti em amar...
Como as notas inesquecíveis que fluem das mãos de Llitch...
E depois vagam pela sala entremeada de raios de sol,
carinhos de luz sentidos e refletidos
no olhar que contempla os dedos de partituras...
Amo-te assim: poesia desvendando a noite,
desnudando a luz dos teus olhos
nos traços em branco de um pergaminho do tempo...