Estou aqui. Falo mesmo jurando calar.
Não consigo tramelar a boca sapo do coração.
A alma implode e a poeira voa em todas as direções.
Sujou a tela da janela que me separa
do meu tempo do outro lado da parede.
Preciso ir - um colibri necessita de néctar para sobreviver.
Busco flores que resplandeçam mel.
E avencas para me tapar enquanto tua luz me beija
dizendo-me que é esse o sonho que eu posso ter.
Que seja! É o mais doce e puro
que o tempo já me entregou nesta longa jornada
de 1.700 bilhões de milênios do tempo.
Sou grata por cada luz, por cada toque,
por cada vez que o amor em mim nasceu,
criou raízes e pra sempre no meu coração habitou.