A voz, calada, se acolhe em si mesma.
É tempo de ilhas ciclônicas dentro do peito.
Em meio aos ventos o silêncio,
mas não a mudez eterna e cáustica.
É que preciso desse tempo de passos curtos,
de paradas ao largo do caminho.
Já morri tantas vezes.
Pra que a pressa em comer o tempo
que ainda me resta?
Vivo o instante.
Um segundo - entorpecido
de ganas de viver
e profundas aspirações...
Silêncio, silêncio...
o teu, o meu, o nosso...
Quando o espelho cala,
a voz muda e articulada fala.