Te amo assim, no fascinante sussurro,
no lamento de saudade de um violino em dor.
Te amo na profundidade da tua própria melodia,
nas letras que ela desenha no ar,
que pousam em meu coração alucinado de amor,
em cantigas de ninar e abraçar,
no beijar de teus lábios em cada nota
que me toca a alma, a boca, os olhos e o coração...
Tuas cantigas me encantam, me enternecem,
tocam o âmago do ser, percorrem
as vielas de cada pedaço de mim.
Fervem os cântaros de amor
que me acariciam em leques de tua paixão,
como as penas de um pássaro de fogo
deslizam de um lado a outro de mim,
refúgio e sopro de brisa.
Fecho os olhos para sentir
o navegar da melodia das montanhas.
Ecoam versos.
Os violinos voltaram...
E o amor se dobra em reverência...