E sigo - silente - o singrar dos ventos
que levam minha canoa para o porto final.
Vou de alma alquebrada e embrutecida
pelos sonhos não realizados...
Ao longe as cítaras tocam melodias
ao sol que sabe os desígnios do acaso ou do destino
mas finge não perceber ou não conhecer...
que a terra não vive sem sua luz...
Sorvo a erva amarga e pura
e me debruço a olhar, olhar e olhar
um mundo que não me pertence mais...
O coração continua batendo
mas não há mais quem compreenda
o tocar de seu violino de amor...
Não há mais o que desenhar... não há.
E sigo - silente - o singrar dos ventos
que levam minha canoa para o porto final.