Maria
Prosa e Poesia
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Minhas Pausas

Também ouço o canto

que passa

pela janela do tempo

nas manhãs.

 

Nela tempo e espaço se confundem

em esperas deste canto que não cansa,

da meiguice que ansiosa bebo

no copo da chuva do dia.

 

É doce o canto que passa

pela janela nas manhãs.

Esse, que explicita

a mudez da alma

em cada nota irradiada

nos umbrais da vida.

 

Bebo, silenciosa e extasiada,

enquanto pequenas notas

murmuram melodias

em meus lábios trêmulos.

 

É quando faço minhas pausas

e destilo minha voz em goles

de rimas incertas

e versos sem métricas

- aspergindo saudades.

 

Maria
Enviado por Maria em 17/03/2023
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