Há contrastes neste longo caminhar da alma
em busca de suas próprias matizes.
Se injetam na alma e percorrem
o sangue na velocidade da luz,
tonteando o espírito.
É como o líquido azul injetado no sangue
para descobrir obstruções
no caminho do coração.
É um momento sozinho...
Apenas o corpo sobre a mesa fria e inerte.
E o barulho transcendente da máquina
percorrendo o interior em esperas e medos...
É em pisaduras solitárias e (in)lúcidas
a busca da iluminação.
Que fazer se mãos estendidas se calaram,
se vozes iluminadas estancaram vertentes de luz?
Por isso, os pés se feriram pelo caminho...
Mas, o caos também se harmoniza
nas (in)lucidezes do espírito,
nos desertos de alma fechada,
na escuridão de abismos interiores...
E, neles vivi, mesmo o coração
mergulhado no conhecimento
e no profundo viver
do amor pleno e verdadeiro.
Foi a poesia o doce abrigo
que evocava o resgate e o registro
dos meandros e dos lençóis profundos
do sentimento que vivo está.