Que sejam meigos
e queridos nossos tempos
de viver a criança que somos
e as que nos rodeiam,
a beleza do ser e a essência
das descobertas que ainda
nascem e crescem em nós.
E que os pirilampos de luzes
nunca calem o seu fulgor,
nem as borboletas deixem
de bater as suas águas
para que as ondas do tempo
se ampliem de um território
a outro de nossa alma.
Que nunca nos falte o licor do amor
e que nossa saudação à vida
não seja breve, mas se eternize
enquanto os pés tamborilharem
melodias nas ondas dos ventos.
Se nossos anseios se ampliam à felicidade,
se nossos desejos se vestem de esperanças
e nossas angústias se dissolvem em momentos
de dar e querer - que seja eterna essa canção.
E que nosso caminho
seja sempre território de luz
nosso espaço lugar de amor e ternura
e nossa janela do tempo
lenitivo de paixão e amar.
Que nosso amor nunca se cale,
que se eternize nos livros e pergaminhos do tempo,
se amplie aos corações em busca
por um carinho, um gesto
de luz e paz
sobre a face
faminta do verdadeiro amor!