Um poema indriso se faz
na ausência do que não foi,
na falta comigo mesma...
num vazio, por dentro... por fora...
que deixa o coração espremido... doído...
é como se um vazio imenso tivesse se formado,
um fosso profundo entre um tempo e outro...
um sentimento de derrota,
um sentimento de tristeza,
de perda pelo que não foi, pelo que não será...
E silencia o poema
por entre as folhas do outono que chega...
silenciam os passos sobre o tapete de folhas mortas...
e silencia o coração... precisando de ar...
de silêncio, de calmaria e...
da paz desse absurdo silenciar...