Também piso um chão de estrelas para me abrigar
e me inspiro em seu banho de águas e líquens
que me encantam a alma e acariciam de amor o coração.
E quem sabe lidar com as suas batalhas?
Eu me perco, inebriada, em cada uma delas.
Navego por mares que nunca pisei
e adentro nuvens que sopram ciclones
escondidos em brisas suaves e melódicas.
Me entrego e me calo, olhar embevecido
para a janela do tempo, onde olhos apaixonados
me espiam pela claraboia translúcida
que aproxima sentires e vidas,
transformando-as em uma só -
que nos levanta ao sonho e aventa
a construção e a busca de horizontes
de paz e remansos da plenitude de amar.
Não existem partidas
nestas despedidas para o adormecer,
pois ele segue velado por anjos e arcanjos
que dedilham harpas para que o amor se faça infinito
como é em mim o teu sorriso e o teu olhar de ontem...