Olho os cantos esquecidos de mim
e sinto as leiras úmidas de sementes
lançadas pela face nebulosa.
Bebo os goles de silêncio
enquanto uma branda aragem
de melancolia se levanta das clausuras do peito.
Ainda bem que é quando a poeira das horas
se desfaz em silêncios subterrâneos
que percebemos as escarpas de belezas
e de sonhos que ainda carregamos nos olhos das mãos...