Eu só precisava de uma palavra,
uma só que me elevasse ao céu,
que me acordasse,
que me desse forças para continuar.
Estou tão cansada que poderia fechar os olhos
e se não os abrisse nem notaria...
É um cansaço estranho, de corpo, da mente.
Um cansaço ancestral.
Talvez aquele cansaço que precede a queda,
que precede o temporal,
ou aquele cansaço que antevê a calmaria
e já vai entregando as chaves do mundo.
E eu queria ter as chaves do teu mundo
para escrever nas tuas linhas em branco.
Mas também cansei de procurar e
esquadrinhar painéis pelo tempo das horas.
De fato cansei.
Leio a mim mesma para continuar viva.
Porque dentro minhas palavras
está o meu coração e dentro dele você.
Hoje pensei que o amor sobreviveu
aos silêncios eternos do passado.
Vai sobreviver adiante,
porque é o amor que é eterno,
não as palavras, nem as memórias
que com o tempo a mente
pode confundir ou mesmo esquecer.
O amor é eterno,
o amor é o que completa minha alma
e me faz ser inteira, plena...
Eu te amo, tanto, tanto...
Eu também te amo Maria!