Não importa mais o que não é,
mas o que é...
E é...
que eu posso olhar as flores
na beira do caminho,
parar e sentir o vento,
olhar as estrelas e a lua
de minha cadeira de balanço
na varanda...
E você está aqui,
dentro o meu peito...
Como você sente isso
você me diz...
Como estás aqui, sentes...
comigo...
E há um sentido,
mesmo que contraditório,
como dizia Hieráclito...
A escada que separa
é a mesma que une,
a rua que vai,
é a mesma que vem,
ou a mesma que volta...
A chuva que cai é a mesma
que sobe da terra ao céu
e depois liquefaz em lágrimas
e desce à terra outra vez...
Um moto eterno, contínuo.
Como o amor....
que vem de ti para mim
e vai de mim para ti
num eterno movimento
de ir e vir
entre o meu e o teu coração...