Conheço os espinhos invisíveis
que te coroam a face.
E digo:
ninguém vê!
Ninguém sabe!
É forte o som opaco da porta que bate
para fechar dentro o que estava fora
e juntar duas gemas distantes
num único espaço de luz.
Tem dias que a lua entra e o sol sai, às pressas,
com medo de um astro que brilha amor
ou uma estrela que cai em seu corpo
de terras quentes e areias ardentes,
mas tem dias que o sol transpassa
as janelas translúcidas do tempo
e o voo dos pássaros é dança,
perfume, de vida o olor.
É solda que arde.
É volta que faz a vida!
E traz no regaço das saias,
paixão e amor!