Também vivo nas texturas das veias,
no gotejar fresco e límpido
das nuvens cálidas e amaciadas
da raridade de tua voz
na solda que arde.
Perdi o olhar sombrio
de quem respirava incertezas
nos dias que passaram,
de quem não percebia
os sopros de belezas da vida
e só via os desabrigos
que transpassavam
céus de vendavais
para dentro de minha alma
obscurecida de medos.
Hoje sinto a metamorfose
das sementes, o amor
de um sol que não sabe
como dizer à flor
que seu mundo
e seu universo
giram ao redor
de suas pétulas nascentes,
aveludadas de paz e amor.