Também coleciono distâncias
no brando caminhar da vida
e ignoro a possibilidade de perder
porque o amor não olha circunstâncias
ou condicionalidades - ama!
E nesse amar, se ama, assim, assim, intensamente...
mesmo as distâncias do tempo, das coisas, das pessoas,
distâncias que nos remidem do não ter,
que nos fazem saudades e vazios
que se preenchem do amor sem limites.
É nas fronteiras da alma que a derrota não se admite,
que alvoradas invisíveis se materializam
- por teimosia da alma - no coração.
É como sobrevivo.
É como tento sobreviver.
Carregando sonhos na bagagem das costas
e poesia na ponta dos dedos do coração.