Os desassossegos e inquietudes buliçam angústias e silêncios
e o poema surge qual brotam harpas das brumas silentes da alma...
Um cheiro de paz. Um toque de carinho na luz do dia.
Pra mais, pra quê? Se já vivemos vislumbres
de bons sonhos em nosso pequeno paraíso...
E o dia amanheceu assim na prainha:
pescador voltando à terra, praia úmida da chuva...
E as horas vagam por entre as brumas do tempo...
E o dia termina assim na prainha:
flor no varandão, olhando a chuva bater na lona do barco...
Foi quando o dia virou noite e me abraçava a paisagem
de uma lua no pote translúcido na prateleira da vida.
Caminhou assim o dia, vestido de si e de iluminuras
de uma realidade que hoje ainda fala, mas que já foi ontem...