É belo o sentir e a certeza de ter o sol
num brilho raro entre os vãos dos dedos
ou piscando beijos de luzes
na linha do horizonte de uma tela da vida.
Também me distraio no vento ou na brisa do mar
ou, quem sabe, no canto das aves
que beijam o céu estrelado e nacarado de sonhos.
Sou eu o sal, o fogo e a brasa que vês, que sentes...
E se venho no teu pensamento... veja-me, sinta-me...
pois é belo o sentir e bela é a vida
que vem, que passa e que cai...
como cai a folhinha do calendário da parede,
pelo vão entre o lado de cima e o lado debaixo
da minha ampulheta do tempo....
Sou eu o sal, o fogo e a brasa que queima...
que vês, que tocas, que sentes...