Maria
Prosa e Poesia
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Entreveros de Amor

 

Não são os ramos que enfeiam a flor.

Se a flor é feia, feia é e não há que duvidar

de um simples ramo que a envolve de espinhos

e garras selvagens.

 

Se nasceu em um ramo torto,

dele faz parte e dela, ele.

São um só.

E juntos seguem

até a flor cair seca ao chão

e outro botão

no ramo torto brotar, florir.

 

As cores azedas também são sabor...

e tolhem suavidades, tolhem meiguices,

mas são elas que te aguçam o espírito

para o transcendental amor.

 

Experienciar a dor nos tornou o que somos.

E ninguém provou da mesma dor!

Ninguém se atreve a entender!

Ninguém quer dessa dor saber!

Ninguém ama você!

 

E a intensidade desse amor ninguém,

perto ou longe, compreende.

Ninguém pisou pelo mesmo sofrimento...

 

Os que te provam e te julgam

coroado de espinhos

não conhecem a beleza de um ramo

que - mesmo se vendo torto -

fez nascer uma bela flor e dela é,

dela faz parte, dela ama como jamais

um ramo outra flor amou.

 

Mas, ninguém vê!

Ninguém sabe!

 

Por isso, não volte de tuas idas,

não saia de tuas chegadas.

Seja homem valente e amoroso,

senhor de duas portas,

uma pra abrir à flor da manhã

e outra para fechar à pétula

que se desnuda em teus braços.

 

Se me pedes, vou!

Se me dizes, fico!

 

Por isso, seja forte e guerreiro,

mesmo os entreveros

e as saudades do que já foram.

 

Olha a vida, homem de 10 estrelas

e um sol de amor!

Ela, vem! É flor de só chegadas!

E chega sempre, aventada

por uma leve brisa de amor,

como um sopro de amor,

um simples Lumiar de Brisa,

vestido de luz e coberto

por mantos de eternidade e amor!

Maria
Enviado por Maria em 24/04/2023
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