Maria
Prosa e Poesia
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Eu busco a embriagues do voo,

a intrepidez do salto sem medo,

o elevar da estrela aos braços do sol,

o evocar da malícia das marés

no parador de meus sentimentos.

 

Não quero o empobrecimento da seiva,

nem o rancor inexplicável e incompreensível

do silêncio que separa, a negação do tempo de amar,

o minar da eternidade e seu transformar cruel

em apenas um segundo do minuto da vida.

 

Não busco mais o viver escondida na sombra,

nem peço o prêmio da indiferença

(se há algo que mata é ela,

e a rejeição que a sucede - ou precede)

nem o saldo de tristeza outorgada

como castigo por algo que não fiz...

 

O cancelamento aniquila,

o descaso falece a alma.

Perde-se de vista o amor...

ao se avançar para as turbulências

dos mares de desprezo e ingratidão...

 

Desvincilhar-se da cólera?

Desvincular-se da dor?

 

Não é possível

quando quem amamos nos fere

e com ferro o ferimos

em nosso espelho de desamor...

 

Eu busco a embriagues do voo,

a intrepidez do salto sem medo,

o elevar da estrela aos braços do sol,

o evocar da malícia das marés

no parador de meus sentimentos

e desejo, ainda, entregar a força de meu amor,

mesmo o voo solitário de meu arrebol...

e as pétulas tristes, secas e doloridas da flor...

Maria
Enviado por Maria em 25/04/2023
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