Sigo meu caminho e a direção de meus pés
é a luz de teus braços...
vou, como folha carregada pelo tempo,
como árvore frondosa
a cobrir de sombra, doce e meiga sombra
meu homem...
que é você pirilampo dos deuses,
pássaro de rara voz e orquestra de incessantes cores.
Que o licor do amor possa ser sempre
esse anseio de esperança e mútuo buscar,
essa vontade de amar e viver, enlouquecidos, por esse puro amor,
os nossos momentos mais lindos de dar e querer...
Se sou duas numa só, ambas residem em teu corpo,
território de espírito imbatível
e indescritível de luzes e paixão pela vida.
Você, minha cascata de amor, catarata de sóis
que se acendem em minhas manhãs
e adornam de cores minha escuridão,
minha noite de luz candente.
Foste tu que me devolveste o ardor de viver,
o brilho dos olhos, o meu feminino,
e me fizeste uma pequena gigante
em amor e infinitude de paz.
Você, meu homem amado,
meu remanso de esperança,
refúgio de águas quentes e curadouras
de nossas dores e feridas.
És parte de mim, de minha alegria,
de minha festa de criança...
de nossos balões coloridos de alegria...
que soltamos ao vento e marés
com nossa palavra escrita de amor e paixão pela vida.
É você, meu velho carpinteiro de palavras que me tocam,
que me carrega vida na melodia clássica do tempo
que fez nosso mundo ser felicidade
em nossa bolha de cristal
onde dançamos juntos
nossa dança de amor
no céu e nas nuvens
onde anjos recitam poemas em nossa vida de cada dia
e se derramam em mil fogos de paixão e calor
quando o orvalho surge dentro da névoa,
nas pétulas rosadas da flor
e o sol refulge, erguido de ânsias de amar e ser amado,
em nossa janela, espaço celeste,
de eternidade e amor...