E podíamos deslizar as asas
por sobre o pó das estrelas,
cozendo nossos solos à nebulosa
que de tempos em tempos
atravessa a retina de nosso cotidiano dia...
Se ao pé de nossos abismos
nascerem oceanos e horizontes
é porque o incomensurável que nos navega
também nos enche de grandezas interiores.
E, assim... continuamos
vestindo colares de espuma no pescoço
e sandálias de areias macias e quentes
para nossas marés de sonhos...