Somos como essas pedras
que tem histórias de solidão para contar.
Derramamos lágrimas e trazemos no corpo cinzas
dos cortes de dor que o tempo nos ousou outorgar...
Somos livres e vivemos agora os cochichos de amor
que se lançam em cada onda de nosso amar...
Somos nossa própria melodia,
misturamos nossas notas, nossas pausas e teclas...
construímos nelas nosso espaço, nossa morada, nosso lar...
Nosso amor foi escrito com o sangue
saído de nosso próprio coração...
Foi assim que tatuamos nossos nomes,
como selos de nosso amor na pele de nossos braços
e no interior querido e sagrado da palma de nossa mão.
Somos como as estrelas que se juntam em feliz constelação
unidos para sempre somos o todo do tempo
que foi, que é e para o sempre será...
nossas almas encasuladas estão num único sistema
que é território de luz, nossa galáxia, nosso próprio sistema solar...
Nossas vidas nos pertencem, corpo alma, espírito e coração
somos donos de nós mesmos e do nosso mundo externo e interior
e podemos tudo, nos amar como se ama o encanto, o brando da flor
como se amam os deuses, os poetas,
como o vento que acalanta em voraz amor!