Às vezes, eu peço pouca coisa.
E você faz e cumpre:
um toque de charme e ternura,
a música que emana com brandura.
Somente, às vezes...
um pedido sobre a pedra ígnea,
um coração na lousa, em ardósia tatuado,
uma flor que o amor não agrura.
Me chama em teus sonhos mais secretos,
nas pirâmides que acordam o teu estro,
os caminhos de fogos mais prementes,
da busca da sabedoria e intuição...
o cervo que nos conecta em nossos instintos
e nos permite navegar em nossa emoção.
Não seja comedido, nem retrátil,
conheces o poder do amor e da paixão,
és fogo, és terra e sol fulgurante
que queima, mas derrete em minhas mãos.
Então reze sempre uma canção
que fale da beleza de nossa Alma alquímica,
do Espírito que em nosso amor é força natural.
Que seja nossa oração a batida arrítmica,
o nosso corpo a floresta, a Terra, o Fogo, o Sal.
Que nossos pés toquem o Rio de Ouro,
enquanto nossos opostos em si se atraem,
na magia desta união cósmica e espiritual,
o invisível e o visível em um unificados...
e o nosso amor inscrito e ratificado,
augusto e puro, um, a mesma coisa, o todo,
a pedra em estado bruto, o amor maduro,
experimentado, ontológico, pleno e filosofal.