Não existem álibis para se viver...
A vida é, sem que façamos algo para isso.
Não existem fugas no sonhar,
mesmo que a tentativa seja desistir.
Porque o sonho não compartilha desistências.
Mesmo não havendo como pagar o saldo devedor.
A poesia que vai é um tempo que nasceu
quando a alma fez um minuto de silêncio,
quedando-se ao esplendor das escaras...
Lascas de feridas num coração sonhador...
A dor de luz é ferida que não sara.
Obrigando ao canto o passarinho,
de bico machucado e alma faminta.
Na parede a chave da gaiola...
chorando os versos da alma poeta
para o brilhar do sol a cada manhã.