Faço a travessia em um silêncio que dói
A tempestade é vento que impacta, abala
É tormenta, o passado reproduz...
E a dor da ferida nunca cala...
A dor dos olhos é lágrima que não cai...
É a adaga de tuas mãos que reclamam,
dos limites que tua própria raiva, ódio ultrapassam...
dor impugem, inflamam...
Não sabes, mas todas as feridas estão abertas
E o sangue que escorre cai sobre teu colo, tuas mãos...
Mãos que imploram por minha vingança...
E pela morte de toda e qualquer esperança...
Mas minhas mãos ressignificam a minha rebeldia
Na luta sem trégua por justiça social...
Nessa luta que sigo, neste movimento para vencer...
As vagas de dor, feridas abertas, sofrimento,
Desta minha - da vida - a travessia...