Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos Fotos Livro de Visitas Contato
Textos

Confusão Dualista

 

Carrego vigílias de ocasos dentro do peito.

Um fio tênue da brevidade que é o tempo.

São milênios que um dia nasceram

e no entanto hoje dormem

à dor de minha “confusão dualista”.

 

Mastigar solidão, enfronhar sonhos

e secar miragens de oásis em meu próprio deserto

são minha sina e dia...

 

E o tempo só passa..

Não é possível segurar...

Séculos e mais séculos

no calendário do universo do sol.

 

Mas... hoje... minha barca não derrama

mais brasas em meu céu.

Hoje brotam poças de solidão de quem morre

na íris dos olhos.

Refletem a escuridão, a profundidade

e a impermeabilidade do lugar

que guarda o primeiro grito ao homem

embrulhado em sua própria perda:

 

- partiu no trem da vida!

 

E o silêncio profundo é o saldo -

o que ficou - após o momento de dor...

Maria
Enviado por Maria em 27/05/2023
Comentários