Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Tempo Perpétuo

 

Quanto tempo andei,

coração ceifador de vazios,

ferrolhos nos pés

e grades nas palmas da mão?

O tempo "perpétuo" cristaliza vivências

nas linhas do poema.

E piso um caminho antigo

onde tanto ali já vivi...

 

Araucárias de minha vida...

que agora já se foram -

perpétuas - partiram...

 

Preciosas lembranças

abarcam a alma

em contemplação...

 

Das hecatombes do dia,

a ousadia do desmascarar-se

nas letras de um poema vivido...

 

é que vivi muito tempo,

ceifando vazios,

amarras nos pés

e grilhões prendendo

as palmas das mãos...

 

Foto: Maria.

Maria
Enviado por Maria em 30/05/2023
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