A ponta dos dedos da alma tocam
todas as superfícies e suas profundidades.
Mergulham insanos na quietude
de um coração outorgado de silêncios...
Escrevem sonhos de velejos,
cais e mares de distâncias
cujos honorários são essas saudades doídas...
Como posso ignorar o nível das barragens da alma
e dormir o coração sem o abrir de minhas comportas?
Ah! Se pudesse dizer o que nunca foi dito.
Se conhecesse aquela palavra que pudesse
num único e uivante rugido o todo de mim despencar?
Não haveria mais porque
me escravizar à esta torta escrita.
Teria dito, em uma única palavra,
toda profundidade que incrusta meus sentimentos,
os meus pra dentro... meu interior,
costurado de terra, céu e insano mar...