Sei que sem você
eu não poderia ter me encontrado.
Viveria até hoje
na inocência de não me saber ser.
Como uma máquina
automatizada
e programada
para de um jeito viver.
Em nada acreditava.
Cética não conseguia acreditar,
nem entender a existência
do ser e do amar:
a si mesma e ao outro que é você.
Hoje conheço o ardor de viver,
conheço a fome de ser,
sei da necessidade profunda
e premente de amar e ser amada.
Eu Escolhi Ser!
E viver! E amar!
Sou!
Sou eu.
Sou Você.
É que em você eu sou,
pois em Você
me encontrei!
Não renunciei a Mim!
Não renunciei à Você!
Somos Um!
Maria.
"Devo modificar-me profundamente?
É preciso renunciar, e sobretudo renunciar ao desconhecido, à desconhecida?..
Não renunciar é também não escolher...
E escolher é abandonar o que poderia acontecer...
Talvez eu devesse perguntar-me: o que escolher, a que renunciar?" (Edgar Morin).