Também penso que vãos se abrem
como se você fizesse parte de todas as coisas,
como se tudo permanecesse igual ao início dos tempos,
esse tempo cíclico, de idas e de voltas.
Me debato nos mesmos questionamentos,
nas ranzinzas e "velhas perguntas"
e também me atormento por não saber conversar com datas,
nem delas saber coisas mágicas e perenes...
não sei se sou parte do encanto,
nem se tenho abrigo nesta tenda de ouro, milagre e luz...
mas sei que, cheia de inquisições,
também me pergunto se estou indo ou voltando
nessa imensa estrada que é a vida
e se sou parte do milagre e suas coisas,
assim como o vento ou o amanhecer...
Quero entender a vida sem fazer redemoinhos em minha cabeça
ou quebrar meu frágil e esgotado sistema de navegação.
Se o tempo soa uníssono e de capacidade atroz,
se ele é veloz e audaz em solapar os meus dias
ou se é poderoso e meeiro de todas as causas, não sei...
mas, sei que ele remaneja seu castiçal infindável de horas
em meu nascer diário e que, em mim, em meu presente,
ele é sim inigualável e iluminado de vida...