Ando, passos miúdos e solenes
pelas esquinas lentas dos pensamentos.
Se me apego ao vento e faço mares
de minhas carroças e chinelas
é porque me sei anverso do tempo,
precipício de asas brancas
e moendas de luzes sem fugas.
Canto os dias e não me calo.
Canto os dias e estendo as mãos
em preces de idas e voltas...
Sim, eu sei - eu sei...
O caminho da rosa dedilha
versos em tablado marrom carmim -
em saudades que se misturam -
em esperas sem começo e fim...