Há medos e há medos.
O meu é de - pra sempre - partir
sem ouvir dos lábios do Sol
a grandeza de seu amor.
Sem sentir o toque de seu calor em minhas mãos,
sem experienciar o seu beijo em minha face,
sem viver seus lábios queimando os meus
num beijo de eternidade.
Os medos da alma são
os que mais assombram o cotidiano dia
e atravancam a clareza do espírito e
a paz que remansa o interior.
É quando o medo nos assola
que perdemos a direção dos sonhos
e nos entregamos à morte do coração.
Não há que se fugir do medo.
Há que se enfrentar.
Há que se andar por cima do medo
e fazer de suas escalas
degraus para a conquista da plenitude do amor.