As asas do moinho dos meus versos,
batem soltas, mesclando a prosa com a poesia,
não se amarrando em postes e endereços,
nem aderindo à movimentos
que não entendo e nem conheço.
As palavras que nascem de mim,
mesmo maturadas no caldo do século 21,
são fruto temporão, tardio,
chegadas aos dois anos de vinte,
quando a vida já ia partindo,
fazendo um tempo fora de época...
E, guardam ainda, o sabor caramanchão
das roseiras que galgavam
pelas pilastras e ombreiras das portas,
para depois caírem em apaixonantes serenatas,
do sobrado de um velho casarão....