Sonhos pirilampam
a alma em madrugadas de luz.
Incógnitas e mistérios só nossos,
nascidos nas brumas do cair do sol,
viajando o corpo, alojando-se no coração.
E... embora sempre estejam lá...
morrem e renascem a cada manhã ensolarada,
renascendo e morrendo novamente
no agasalhar da noite,
fulgurando jardins de solidão a dois.
Não existe harmonia nesse caos de viração,
nesta MAResia que me toca, me abraça,
me olha com meiguice e faz sentir Eu...
assim, assim, toda amada, adorada.
E as palavras também não se harmonizam,
são destrambelhadas como eu... mas não se calam,
nem para além das reticências da vida...
que a gente não vê... apenas sente... E como sente...
Agora, sonhos pirilampam
a alma em madrugadas de luz...
São como as estrelas, as ânsias, os desejos...
um mar de velas evanescendo-se ao vento,
aportando em teu cais,
à saída da minha escuridão...