E a terra dançou consigo mesma,
enquanto a noite ia e o sol surgia,
o sol se ia e a noite vinha...
Procurei um estaleiro,
mas só encontrei cais vazios
e trovejados de ondas...
A noite, na montanha,
em ventos de açoite,
esfria os colares de espuma
ao redor do pescoço.
E as contas nos tornozelos
se calam em busca de ti:
vem! dar-te-ei meu colo
e acariciarei tua fronte
querida e amada!,
sussurrou tua presença
no silêncio que se fez
por tanto tempo dentro do peito...
Velarei teu sono querido,
mesmo os olhos cansados...
Há sossego em meu regato,
há paz e luz em meu interior,
mesmo a tempestade
e o rugir das ondas em teu mar...