Quando um pássaro
se aninhar e chorar na noite
e um anjo nos envolver no ocaso
de nossa própria luz... será tarde...
Será o entardecer
como um dia sombreiro que se esvai,
como as pétalas amaciadas das figueiras
que se partem ao vento
e caem em sinfonia
sobre o solo
de nossa ampulheta do tempo.
É no parar da engrenagem da vida
que compreenderemos
a dimensão da pressa,
o peso de se agasalhar no não,
a dor de não ter tido coragem
para realizar o sonho do coração...